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TAP suspeita de vários crimes da ex-CEO em negócios com o marido

Publicado dia 17/01/2024 às 01h18min
A TAP suspeita de crimes como tráfico de influência, de oferta indevida de vantagem ou mesmo de corrupção

A TAP suspeita de crimes como “tráfico de influência, de oferta indevida de vantagem ou mesmo de corrupção” quando o marido da ex-CEO, Floyd Murray Widener, tentou vender à transportadora os serviços da empresa israelita para a qual trabalhava, a Zamna Technologies, como diretor comercial em regime de part time.

Em causa estava a compra de uma “solução tecnológica que permitia a validação de dados dos passageiros”, sendo que “um mês depois” de a ex-CEO ter tomado posse, o marido já tinha apresentado na TAP os serviços da Zamna. E em dezembro de 2021 “havia já um projeto piloto em curso” deste programa tecnológico “à revelia do conselho de administração” da TAP. Ou seja, “sem que os restantes administradores” da transportadora “se tenham apercebido”, lê-se na contestação submetida pela defesa da TAP, a que o ECO teve acesso, no processo em que a gestora francesa reclama uma indemnização de quase seis milhões de euros pela forma como foi despedida da transportadora.
Além disso, a TAP levanta suspeitas sobre as datas coincidentes da contratação de Floyd Murray Widener pela Zamna com o período em que Christine Ourmières-Widener ocupou o cargo de CEO na companhia. A gestora francesa começou a exercer funções na TAP em junho de 2021 “ao passo que o seu marido começa a exercer funções na Zamna em setembro de 2021”. E Christine Ourmières-Widener “cessou o vínculo com a TAP em março de 2023”, sendo que o marido sai da empresa “em fevereiro de 2023”, lê-se no documento. Frisa que “custa a crer que se trata de uma mera coincidência”, acreditando que Floyd Wieder foi contratado pela empresa por Christine Ourmières-Widener ser, à data, CEO da TAP.

Fonte: CNN Portugal